London exchange: Veneza

    Chegando em Veneza, mesmo do trem já dava pra ver como a cidade é linda e charmosa. Descemos na Estação pegamos informação pra que lado era o Hostel, um mapa e fomos andando até o hostel. Dessa vez definitivamente não tivemos sorte com o Hostel, ficamos num lugar chamado Best Holiday, que de Best só tem o
nome. Primeiro que para acharmos foi uma luta, passamos pela porta e como não tinha nem placa nem número não encontramos de primeira, resolvemos perguntar e descobrimos o esconderijo. Era simplesmente uma porta sem nenhuma indicação, batemos na porta e um Japa nos atendeu, falou como funcionava e nos mostrou o quarto (simpléeerrimo, só tinha as camas e os travesseiros, nem os lençóis da cama tinha).

    Já ficamos putos desde aí, pois pagamos 35 euros cada, fora a taxa de 3 euros que o governo cobra (sabe Deus pra que) pra dormirmos naquela espelunca. Como não tinha outro jeito, pagamos, deixamos as malas e saímos. Para nossa sorte estava um dia lindo, ensolarado e quente então estávamos todos a vontade de vestido/bermuda o que foi ótimo porque já estávamos de saco cheio de usar casacos e mais casacos.
   A nossa primeira parada foi pra comprar sorvete <3 porque Ingrid não podia ver um que queria tomar HAHAHA Andamos até a Piazza San Marco, que é o ponto turístico mais famoso de lá. Essa praça durante uma época do ano fica submersa e por isso é tão famosa. Não sei muito da história de Veneza mais o que vi foi uma cidade linda e charmosa cheia de peculiaridades. Toda ruazinha que você entra você tem vontade de tirar foto!

    As casinhas são super bem cuidadas e fofas e quando passa um canal (que são milhaares) é mais encantador ainda! Acho que escolhemos a época certa pra ir, a primavera, em quase todas as ruas é possível encontrar flores ou arvores o que dá um colorido muito lindo. Também achei interessante as barraquinhas de souvenirs, onde são vendidas várias máscaras de teatro antigas, cada uma mais perfeita que a outra e também marionetes, mas digo logo que são caros. Quando paramos para comer, para variar, não tivemos sorte. Escolhemos um restaurante super escondido, caro e que não vinha quase comida nenhuma no prato. Aí começou a minha frustração em relação a comer na Itália.

   Eu achava que qualquer barraquinha ia me fazer uma pizza deliciosa ou um macarrão maravilhoso... mas na verdade não é bem assim! Pagamos em média 10 euros para comer em Veneza e nenhum de nós ficou satisfeito. Quando saímos do restaurante já era noite e Veneza estava ainda mais linda toda iluminada! Voltamos para o ''hostel'' para esperar Mariana (prima de Layla) que estava vindo de Milão. Assim que ela chegou fomos para um barzinho tomar umas Birras =D Foi nesse dia que aprendemos algumas coisas em italiano que prefiro não citar aqui HAHAHAH (Até porque não sei como se escreve kkk)

   No outro dia tivemos que ir turistar com as malas e tudo =/ Não foi muito confortável não, mas não nos impediu de visitar o que faltava. Fomos na Ponte Ri Alto, não sei o porque do nome maaas.. tem um vista linda de Veneza. Compramos os souvenirs e andamos bastante. Veneza é uma cidade pequena então conseguimos ver quase tudo andando. Uma pena foi não termos andado de gôndola, mas o orçamento tava apertado e eles cobram em média 30 euros por pessoa pra andar 15 minutos! Ou seja, fica pra próxima =D

   Umas 2 horas da tarde pegamos o trem mais engraçado das nossas vidas para Roma. Primeiro que o trem era como o de Harry Potter, uma cabine fechada com poltronas reclináveis, ar condicionado, cortina, e etc. Estávamos como pinto no lixo literalmente. Antes mesmo do trem começar a andar, já tínhamos feito das poltronas uma cama gigante, fechado as cortinas, apagados as luzes e ligado o ar condicionado. Vale lembrar que a cabine é composta de 6 lugares, e nós eramos 5, ou seja, estávamos rezando pra que a poltrona ficasse vaga.

   O trem começou a andar e estávamos todos felizes e confortáveis, afinal a viagem era longa, 6 horas pra chegar em Roma. Até que a Velha do 105 bateu na porta da cabine, abriu a porta e disse ''open window'' e todo mundo tipo olhando ¬¬! Nessa hora estava todo mundo puto, se ajeitando de volta, abrindo janela, ligando luz e desfazendo a cama, esperando a velha sentar no lugar dela (o assento 105). Só que ela foi procurar um lugar em outra cabine e demorou que só pra voltar, então resolvemos arrumar nosso cafofo de novo. Essa Senhora ainda voltou lá algumas vezes mas acho que ela ficou meio assustada e preferiu ir no corredor do trem à entrar na nossa cabine kkkk. Não pensem que fomos mal educados, nós oferecemos o lugar e tudo, ela que recusou.

     Quando já estávamos de boa, rindo da situação... me aparece o fiscal do trem pedindo as passagens para conferir. Eu entreguei a minha, o Thi a dele, Ingrid e Fábio também. Quando chegou na vez de Layla, CADÊ A PASSAGEM?? Ela procurou que nem uma louca a cabine inteira, e a gente também estava procurando enquanto o fiscal ficou na porta o tempo todo que nem uma pedra só olhando. Depois de uns 10 minutos sem achar ele disse: Sem a passagem vai ter que descer na próxima estação. Todo mundo gelou, porque a passagem foi 45 euros e se a gente descesse com ela todos iríamos ter que pagar de novo também. O fiscal saiu e continuamos a procurar. Depois de revirar tudo, misteriosamente a passagem apareceu na bolsa de Ingrid e finalmente mostramos o ticket ao fiscal, que por sinal não demonstrou nenhum sentimento ao ver nossa felicidade.

Depois de tantos acontecimentos, ninguém tinha mais sono e ficamos conversando besteiras o resto da viagem para descontrair. E quando eu digo besteiras era besteira mesmo, aposto que depois desse trem, a gente já pode ir pra um daqueles jogos que você tem que responder perguntas sobre a vida um do outro. HAHAHA